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Como Publicar um Plugin no WordPress: Tutorial e Boas Práticas

Desenvolver e publicar um plugin no WordPress pode ser uma tarefa gratificante, pois você estará criando soluções úteis para milhões de sites em todo o mundo. Entretanto, o processo de submissão e aprovação do plugin requer cuidados específicos para garantir a qualidade, segurança e conformidade com as diretrizes da plataforma. Este artigo oferece um tutorial passo a passo sobre como publicar seu plugin no WordPress e apresenta boas práticas de desenvolvimento para garantir a aprovação do seu plugin no repositório oficial.

Eu (Lucas Catão de Moraes) quando fui publicar meu primeiro plugin no WordPress.org me deparei com muitos pormenores e por isso resolvi trazer um Guia e Boas praticas para ajuda-los a ter seu plugin aprovado de forma mais fácil.

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Passo 1: Preparando o Ambiente de Desenvolvimento

Antes de começar a desenvolver seu plugin, é essencial configurar um ambiente de desenvolvimento adequado. Uma boa prática é usar uma instalação local do WordPress para testar e desenvolver seu plugin de forma segura.

  1. Instale o WordPress localmente usando ferramentas como Local by Flywheel, XAMPP ou MAMP.( Descarregue aqui o WordPress)
  2. Instale os plugins necessários para testes, como:
    • Plugin Check (Descarregar aqui): Avalia seu plugin quanto à compatibilidade e integridade.
    • Query Monitor (Descarregar aqui): Verifica erros ou falhas em qualquer página ou plugin ativo no site.

Passo 2: Estrutura do Plugin

Uma estrutura bem-organizada é essencial para o desenvolvimento de um plugin WordPress. Abaixo está um exemplo básico da estrutura de pastas de um plugin:

/meu-plugin/
    /assets/
        /css/
        /js/
    /includes/
    /languages/
    meu-plugin.php
    readme.txt

Descrição das pastas:

  • assets/: Armazena os arquivos de estilo (CSS) e scripts (JS).
  • includes/: Contém os arquivos PHP com a lógica principal do plugin.
  • languages/: Arquivos de tradução, se o plugin for multilíngue.
  • meu-plugin.php: O arquivo principal do plugin, que contém o cabeçalho e inicializa o plugin.

O cabeçalho no arquivo principal deve seguir um padrão:

/*
Plugin Name: Meu Plugin
Plugin URI: https://meusite.com/meu-plugin
Description: Uma descrição breve do que o plugin faz.
Version: 1.0
Author: Seu Nome
Author URI: https://meusite.com
License: GPL-2.0+
License URI: https://www.gnu.org/licenses/gpl-2.0.html
*/

Este cabeçalho é necessário para o WordPress reconhecer e listar o plugin.

Passo 3: Boas Práticas de Desenvolvimento

1. Sanitização de Dados

A sanitização de entradas é uma das práticas mais importantes no desenvolvimento de plugins. Ela previne ataques de segurança como SQL Injection e Cross-Site Scripting (XSS). Sempre que você manipular dados de entrada de usuários ou dados vindos de fontes externas, faça uso de funções de sanitização e validação.

Exemplo de sanitização de campos de texto:

$nome = sanitize_text_field($_POST['nome']);

2. Prevenção contra SQL Injection

Ao trabalhar com bancos de dados, evite construir consultas SQL concatenando valores diretamente. Utilize queries parametrizadas para prevenir ataques de SQL Injection.

Exemplo com wpdb:

global $wpdb;
$wpdb->query(
    $wpdb->prepare(
        "INSERT INTO {$wpdb->prefix}tabela (coluna) VALUES (%s)",
        $valor_sanitizado
    )
);

3. Estrutura Modular

Manter seu código organizado e modular é essencial para facilitar a manutenção e a escalabilidade do plugin. Utilize funções e classes separadas para cada funcionalidade específica e evite sobrecarregar o arquivo principal do plugin com muita lógica.

4. Internacionalização

Caso você planeje distribuir seu plugin globalmente, certifique-se de que ele suporte múltiplos idiomas. O WordPress possui suporte embutido para internacionalização, utilizando funções como __() e _e() para strings traduzíveis.

Exemplo:

_e('Bem-vindo ao meu plugin', 'meu-plugin');

5. Testes e Validação

Antes de enviar seu plugin para o repositório do WordPress, é importante realizar testes exaustivos em diferentes versões do WordPress e PHP.

  • Plugin Check: Verifique se o seu plugin segue os padrões de código e se não há erros de compatibilidade.
  • Query Monitor: Identifique possíveis falhas de desempenho e erros de código.

Passo 4: Criando o Readme.txt

O arquivo readme.txt é fundamental para fornecer informações detalhadas sobre seu plugin e garantir que ele seja aprovado no repositório. Ele deve conter as seguintes seções:

  1. Descrição: Um resumo sobre o que o plugin faz e suas funcionalidades.
  2. Instalação: Instruções sobre como instalar e configurar o plugin.
  3. Changelog: Registro das mudanças em cada versão.
  4. Compatibilidade: Informe as versões do WordPress e PHP que foram testadas.
  5. Licença: O WordPress usa a licença GPL-2, e seu plugin também deve seguir essa licença.

Exemplo de readme.txt:

=== Meu Plugin ===
Contributors: seu-nome
Requires at least: 5.0
Tested up to: 6.0
Requires PHP: 7.4
License: GPL-2.0+
License URI: https://www.gnu.org/licenses/gpl-2.0.html

== Descrição ==
Este plugin faz XYZ...

== Instalação ==
1. Baixe o arquivo zip do plugin.
2. Faça o upload do arquivo para a pasta `/wp-content/plugins/`.
3. Ative o plugin no painel do WordPress.

== Changelog ==
= 1.0 =
* Lançamento inicial.

== Compatibilidade ==
Testado com WordPress 6.0 e PHP 7.4.

Passo 5: Enviando o Plugin para o Repositório do WordPress

Após testar e validar seu plugin, você pode enviá-lo para o repositório oficial do WordPress. Siga os seguintes passos:

  1. Acesse sua conta WordPress: Para enviar o plugin, você precisa estar logado com sua conta do WordPress. Caso ainda não tenha uma, crie uma conta aqui.
  2. Envie o plugin: Acesse o link de submissão do WordPress clicando aqui.
  3. Preencha os campos: Informe o nome do plugin, descrição e faça o upload do arquivo zip do seu plugin.
  4. Aguarde a revisão: O time de revisores do WordPress avaliará seu plugin. Caso seja aprovado, ele estará disponível no repositório oficial.

Passo 6: Políticas de Segurança

Ao desenvolver um plugin, siga as Diretrizes Detalhadas de Plugins do WordPress. Leia as diretrizes cuidadosamente neste link. Algumas dicas essenciais incluem:

  • Segurança no código: Evite vazamento de dados, sanitizando todas as entradas e saídas.
  • Licenciamento: Seu plugin deve estar sob licença GPL-2 ou uma licença compatível.

Conclusão

Publicar um plugin no WordPress requer planejamento, atenção aos detalhes e um processo rigoroso de desenvolvimento e teste. Ao seguir este tutorial e as boas práticas de desenvolvimento, você estará bem encaminhado para criar plugins de alta qualidade, seguros e com grandes chances de aprovação no repositório oficial do WordPress. Além disso, investir na sanitização de dados e prevenção de injeções maliciosas garantirá a segurança dos usuários do seu plugin.

Espero ter ajudado você que quer ter seu primeiro plugin publicado no WordPress com sucesso.

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